Mensagem de Natal de D. Gilberto, Bispo de Setúbal


M
enino Jesus,
Quando nasceste não havia lugar para Ti em Belém.
Nesta velha Europa também não: uns acham que és coisa de crianças, outros entendem que és ofensa à liberdade e, envergonhados, trocam-Te por um tal pai natal e outros dão prendas e muitas prendas, tantas delas (quase) sem sentido e algumas com o preço bem visível!

Mas, apesar de tudo isso, vem. Peço-Te que venhas, porque há por aqui gente com o coração dos pastores de Belém que anda à Tua procura e precisa de Te encontrar.

Faço-Te mais um pedido. Dá-me um coração de pastor de Belém e dá também esse coração a todos os cristãos de Setúbal e, se não sou atrevido, dá-o a toda a gente desta Península.

Faço este pedido porque com o coração dos pastores de Belém, que deixaram tudo para ir ter Contigo, descobrir-Te-emos como o Ressuscitado – o que vive – e de Ti receberemos:

• um coração capaz de reparar que à nossa volta (bairro ou país) há gente na solidão, gente com pensão de miséria, gente em casas degradadas, gente a sofrer o desemprego, imigrantes mal acolhidos, gente excluída: gente de carne e osso como nós, gente que poderíamos ser nós mesmos;
• um coração capaz de se compadecer e aproximar do pobre para fazer o que pode (deve), sem o humilhar, mas libertando-o como Tu fazias admiravelmente;
• um coração capaz de dar as mãos aos outros para melhor cuidar do bem comum;
• um coração capaz de compreender que não nos realizaremos deixando os outros de lado;
• um coração capaz de nos fazer abrir caminhos ousados de esperança.

Menino Jesus, ajuda-nos a pedir-Te um coração rico do Teu amor. Ajuda-nos a contribuir para colocar no coração dos outros ao menos um pouco do Teu amor. Ajuda-nos a não iludir as crianças com presentes incapazes de matar a sua sede de serem amadas. É que sem um coração capaz de Te amar e de amar o próximo, na sua verdade profunda – que é a de serem filhos amados de Teu Pai – todas as leis, mesmo as melhores, serão sempre insuficientes.

Menino Jesus, vem depressa dar-nos o presente do Teu Coração.

Feliz e Santo Natal de 2009.

+Gilberto, Bispo de Setúbal

Rezar com George de La Tour



É já este sábado dia 12!!
Igreja de S. Tiago em Almada.

Hoje mesmo...

Hoje é uma palavra de grande relevo no Evangelho.
'De hoje em diante me chamaram bem aventurada todas as gerações', 'hoje nasceu em Belém', ' o Pão nosso de cada dia nos dai hoje','hoje entrou a salvação nesta casa', 'hoje mesmo estarás comigo no paraiso'...
Enfim, é este mesmo acontecimento de Cristo e da Sua graça na história, na tua história, na minha e na nossa história, que nos alcança na FCT, a partir de HOJE!
Na verdade, passamos a dispor de um novo espaço - de uma sala/Capela - para celebrar regularmente Jesus hoje presente connosco, segundo a Sua promessa: 'estarei convosco todos os dias'...
Trata-se de um dom e de um desafio: que sejamos mais de Cristo comungando o Seu Corpo; que nos apaixonemos mais por Cristo, trazendo outros, que não O conhecem, a comungar do Seu Corpo!

Haverá celebrações da Missa de 3ª a 6ª, sempre às 13h15.
Haverá confissões, também, de 3ª a 6ª das 12h45 até à Missa.

Capela na FCT


O NUCA tem agora um espaço de oração.

Georges Bernanos

Católico dos quatro costados, pela tradição familiar, pela inteligência, pela coragem, sem esquecer que tudo é graça, Bernanos morreu em 1948 tendo nascido 60 anos antes. Autor do século XX, portanto.
Romancista sagaz, ensaísta livre e polemista imparável, distinguiu-se como o grande autor do desespero enfrentado e sublinhado, mas vencido, porém, na esperança oferecida ao mundo em Cristo.
Autor intimamente ligado ao percurso interior de Stª Teresa do Menino Jesus, esta é sua precursora, senão literária certamente na experiência de coração.
A ele se deve o romance absoluto sobre a condição sacerdotal, ele mesmo que era casado e pai de 6 filhos, "Diário de um Pároco de Aldeia".
De Gaulle, Malraux, consideravam esta obra como o melhor romance da literatura francesa. Mas, mais ainda, von Balthazar tinha-lhe aquele respeito imenso que lhe valeu dedicar ao nosso Bernanos uma monografia de 500 páginas.´
É, então, com este portentoso amigo de Jesus que começaremos o nosso itinerário deste ano, a 'rezar com...'

Rezar com...

Este ano, uma vez por mês, haverá na Igreja de Santiago, em Almada (junto à Câmara de Almada) uma manhã de oração. 'Pediremos' ajuda, em cada um dos encontros, a grandes amigos de Jesus que o souberam ser na literatura e na pintura. Assim, já no proximo sábado, com laudes às 10h00, ensinamento às 10h30, adoração/confissoões às 11h30, Missa às 12h30, teremos o primeiro encontro, guiados por Bernanos. Aqui fica o programa:
» 14 Novembro Rezar com Georges Bernanos
» 12 Dezembro Rezar com George la Tour
» 16 Janeiro Rezar com Charles Pèguy
» 20 Fevereiro Rezar com Georges Rouault
» 20 Março Rezar com Paul Claudel
» 17 Abril Rezar com El Greco
» 29 Maio Rezar com Maurice Zundel
» 17 Junho Rezar com Fra Angelico

É uma 'coisa' proposta a ti mesmo! Oferece esse sinal de amizade a Jesus, aparece!

Carminho, obrigado!

Depois da saída da Carminho da FCT, agora que concluiu o seu curso de engenharia do ambiente, andamos por aqui no Nuca à procura de quem assuma o seu papel diligente e eficaz, seja a mobilizar o Nuca, seja a secretariar o nosso blogue. Aceitam-se candidaturas...
Agradeço à Carminho estes três anos de amizade e missão sempre disponível, leal e católica, trazendo sempre consigo esse desejo que Jesus seja amado e conhecido pela gente da sua escola, e pela gente de todo o mundo!
E mais não digo, certo de que o pouco que aqui fica escrito a vai deixar incomodada...

Mensagem de D. Gilberto aos Finalistas

Caros finalistas do Ensino Superior do ano de 2009,

A igreja de Setúbal alegra-se pela vitória que alcançastes com a conclusão do vosso curso; dá-vos parabéns - bem como aos docentes e ao pessoal não docente das vossas escolas e aos vossos familiares particularmente aos pais - ; e deseja-vos muitas felicidades para o ciclo de vida que ides iniciar.
É provável que estejais preocupados com o futuro, sempre difícil, mas agora ainda mais. Não vos assusteis. Os homens sempre tiveram de enfrentar o futuro com as suas mil dificuldades e perigos. Podia apontar-vos uma multidão de jovens que enfrentaram enormes dificuldades e que triunfaram. Vou referir apenas um jovem que viveu em Portugal no século XIV, num tempo difícil, e que ficou no coração dos portugueses como o Santo Condestável. Este homem, Nuno Álvares Pereira, subiu tão alto que Camões nos Lusíadas, entre as várias oitavas que lhe dedicou o cantou assim: ditosa pátria que tão ilustre filho teve.
Escolhi referi-lo porque no dia 26 de Abril o Santo Padre, depois de o ter proclamado solenemente como santo, o propôs como modelo para a Igreja espalhada por todo o mundo, dizendo em resumo:‘considerai o êxito da sua carreira, imitai a sua fé’.
Se São Nuno Álvares Pereira venceu, num contexto difícil, também vós podeis vencer se como ele aceitardes alguns desafios, entre os quais, o desafio de acreditar que é possível; o desafio de assumir responsavelmente a vida nas vossas mãos; o desafio da solidariedade e da verdade.
Mas o segredo último do triunfo de São Nuno Álvares Pereira está na sua fé em Jesus Cristo: uma fé firme e forte quando, como outros, a poderia ter recusado ou a poderia ter vivido de forma pouco ou nada séria. Foi esta fé que o levou a confiar sempre em Deus mesmo quando parecia que Ele se ausentava; a arriscar a vida em prol do bem comum; a dar toda a fortuna para ajudar os pobres; a dedicar longo tempo à oração; e a ser humilde diante de Deus e diante do mais pobre dos homens.
Foi a confiança em Jesus que lhe deu coragem para ser diferente; para assumir a sua responsabilidade perante si e a sociedade, para amar os outros – a começar pelos pobres – com generosidade total: para triunfar.
Quereis vencer, caros finalistas?
Considerai o triunfo da carreira de São Nuno Álvares Pereira e imitai o seu exemplo. Jesus Cristo, que fez dele um homem ilustre e um santo, também o fará em vós, se como São Nuno vos decidirdes a amá-Lo de todo o coração, na comunhão desta grande família que é a Igreja. Apoiado na intercessão de São Nuno Álvares Pereira peço a Deus que ilumine os olhos do vosso coração para poderdes ver a missão que Deus vos quer confiar e para a realizardes com a alma grande de S. Nuno. E de novo vos digo com alegria e esperança: parabéns e felicidades.
+Gilberto, Bispo de Setúbal.

Homilia do Cardeal-Patriarca na Missa de Acção de Graças pela canonização de São Nuno de Santa Maria

«Acreditar e amar, itinerário da santidade cristã»
(...)
A caridade é a mais perfeita expressão da fé. Em cada acto de amor confessamos a nossa fé. É por isso que nas cartas apostólicas, tanto São João como São Tiago insistem que a fé professada, mas não expressa em actos de caridade, é falsa. No texto desta Liturgia, São João afirma: “quem observa os Seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele”, ou seja, é a generosidade do amor que exprime a união vital com Cristo e, por Cristo, com Deus.

É por isso que a primeira expressão do amor cristão é a oração, o saborear silencioso dessa união de vida com Cristo. O amor a Deus é de todas as expressões do amor cristão a que mais exige a fé: ama-se acreditando e acredita-se amando. Acreditar é o único caminho, na nossa situação de peregrinos, para permanecermos unidos a Cristo, na intimidade do amor divino. É viver toda a vida com Deus e em Deus. Escutemos o próprio Jesus: “Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido”.

É no seio desta intimidade confiante que somos chamados a amar cada um dos nossos irmãos como Cristo os ama. Esse é o rosto novo da caridade cristã, comparada com a solidariedade humana. A força e a exigência do amor dos irmãos brota do coração de Deus: é generosidade gratuita, exprime-se de forma mais pura no amor daqueles que ninguém ama, que não apetece amar, de quem não esperamos nada como retribuição. Também então se acredita, amando, porque é aceitar que o único prémio do amor é o amor.

4. Acreditar e amar, este é o caminho da santidade. E porque são as atitudes constitutivas da existência cristã, significa que Deus, ao dar-nos o dom da fé, nos chama à santidade. O risco de uma canonização é levar-nos a pensar que os santos como tais reconhecidos pela Igreja, são casos de excepção; ao contrário, acordam-nos para a meta decisiva do chamamento que Deus nos fez, à fé, ao amor, à santidade. Olhemos assim para a proclamação solene da santidade de um português, nosso concidadão. Em Nuno Alvares Pereira, numa longa vida, variada nas responsabilidades e nas missões a que foi chamado, sempre se evidenciaram a profundidade da sua fé e a grandeza da caridade, que levou ao extremo do apagamento humano para que só ficasse o amor. Ele continua a dizer-nos que é possível viver com fé todas as realidades humanas, sociais, políticas, militares, familiares, religiosas; continua a dizer-nos que é possível ser santo em todas elas, que se pode viver toda a vida com Deus, que nos vai sugerindo, em cada momento e em cada circunstância, a maneira de acreditar e de amar.

Lisboa, Paróquia de Santo Condestável, 10 de Maio de 2009
† JOSÉ, Cardeal-Patriarca

Homenagem ao Santo Condestável

De regresso da Canonização cheios de vontade de continuar a nossa homenagem ao Santo entramos em cena recitando poesia e prosa ao som da guitarra que canta a alma portuguesa...
Não percam dia 9 de Maio, pelas 21h15 na Sé de Lisboa!


Darwin e a Ingenuidade

Darwin e a Ingenuidade

Ontem houve mais uma conferência do ciclo dedicado a Darwin, desta vez na FCT, sob o tema “Ciência e crença: uma ligação perigosa?”. Estive presente, mas não muito. Um imprevisto não me deixou ficar por lá até ao fim.
É manifesta a ingenuidade dos que, em nome do cristianismo, se impuseram, tout court, contra Darwin, como se a sua doutrina destruísse a revelação da Bíblia. Em Ano de s. Paulo vale a pena dizer “a letra mata, enquanto o Espírito dá a vida.” (“Cor 3.6). Sendo que por letra devemos entender aquele tipo de leitura da Bíblia para o qual basta apenas saber juntar as letras, sem mais ‘inteligência’ da mesma!
É óbvio, normal e razoável que os homens de cada tempo leiam a Bíblia dentro de um ambiente cultural que os circunscreve: já houve gente que lesse a Bíblia considerando que a escravatura era aceitável, que o sol girava em torno da terra e que a criação tinha acontecido em 7 dias, o que perfaz 168h, portanto…
Ontem leu-se um excerto do diário de Darwin onde ele mesmo referia o declinar da sua própria fé cristã, a qual se foi desvanecendo com o confirmar-se da sua própria teoria evolucionista. O que me permite, também, referir a ingenuidade do próprio Darwin, que assim se divorciava, não da Bíblia, mas de uma leitura ‘datada’ da Bíblia, obviamente não a mais inteligente da mesma…
Poderá, então, alguém perguntar se não desponta neste meu raciocínio, essa prática, apontada aos católicos, de conseguirem sempre ‘adaptarem-se’, no caso versante, poder-se-ia mesmo dizer ‘evoluírem’, ficando sempre de bem com o poder reinante? Bem, confesso que não percebo um género de discurso que pede abertura à Igreja e que depois a proíbe de ser beneficiada com o saber dos tempos! Alguns exemplos: nos últimos 200 anos a arqueologia, a história, as novas possibilidades técnicas de datação dos documentos, as diferentes disciplinas da literatura, o estudo das ‘linguas mortas’ e semíticas, as novas perspectivas filosóficas etc, etc deram um contributo inimaginável para se ‘ler’ a Bíblia com mais inteligência. O nosso obrigado à colaboração da cultura, em geral, com a fé cristã! Dentro disso, como não agradecer a Darwin que também contribuiu para se poder ler o Génesis com outras matizes?! Creio, tabém, que foi grande o seu contributo para ‘proibir’uma leitura ‘fundamentalista’ da Escritura. Daí que os seus conflitos sejam sobretudo com o mundo ‘cristão’ fundamentalista.
E os católicos? Há-os melhor (in)formados e os mais indigentes na sua própria formação! Todavia, a sua fé não foi de modo algum posta em causa porque o evolucionismo não dá uma resposta – que não pode nem sequer pretender dar, enquanto saber cientifico sobre o porquê da criação. E lembro um pequeno episódio, que ouvi contar sobre uma catequista que falava de Deus como criador do universo ao que uma criança lhe replicou ‘o meu pai diz que no princípio houve uma nebulosa …’ .Por sua vez a catequista rapidamente retorquiu-lhe ‘pergunta, então, ao teu pai, quem é que criou a nebulosa…’
Com efeito, há uma terceira ingenuidade que é preciso apontar: essa dos homens de ‘ciência’ que julgam estar dispensada a questão de Deus por causa da tese evolucionista. De facto, nesse ponto, a questão mantém-se intacta. Curiosamente, o tabu hoje é perguntar sobre o sentido de toda a criação (que não é uma questão cientifica!), como se o olhar para a organização razoável do mundo (apreensível pelo homem nos seus grandes dinamismos e nas suas concretizações factuais) nos dispensasse de tomar posição sobre o ‘sentido’ de tudo isto. E aí, por maior que seja o currículo académico de quem quer que seja, a resposta não é antes de mais científica. Na verdade, cada um tem que se afirmar em nome próprio numa resposta que tem que ver com a atitude face à vida: de auto-suficiência, de suspensão ‘distraída’ da resposta ou de acolhimento de um entendimento do mundo que faz confiança à Palavra de um Outro.

Espectáculo de homenagem ao Santo Condestável: Nuno do Carmo e os painéis dos mestres


Queridos amigos!
Estamos a organizar um espetáculo de homenagem ao São Nuno de Santa Maria.
Este espetáculo será realizado em 3 pontos do País!

O primeiro será no próximo dia 4 de Abril na Igreja Paroquial do Montijo, pelas 21h15.

Convidem todos os vossos amigos e apareçam! A entrada é gratuita e a qualidade é infinita!

Até lá!

Peregrinação a Roma


'Sperança consumada,
S. Portugal em ser,
Ergue a luz da tua espada
Para a estrada se ver!



Nun'Álvares Pereira, Fernando Pessoa



Queridos amigos,
Entre o NUCA e os amigos já somos 47 os que vamos em Peregrinação a Roma para a Canonização de D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável.
Vamos, vamos com o desejo de seguir a estrada de santidade que a luz da sua espada nos mostra!

Malta da Egas, alinham? E do Piaget?
Mandem-nos um mail o mais rapidamente possível!

Aconselhamos a lerem o seguinte artigo do Vaticano:
http://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/2009/ns_lit_doc_20090426_nuno_po.html

Inverno demográfico

“Inverno Demográfico: o declínio da família humana” é um filme espantoso, mostra de forma cristalina como as sociedades com uma reduzida influência da família são vistas agora como estando com sérias ameaças a nível social e económico.


O “Inverno Demográfico” é desenvolvido sobre os testemunhos de peritos de todo o mundo - demógrafos, economistas, sociólogos, psicólogos, líderes civis e religiosos, parlamentares e diplomatas.

Estará em exibição na próxima 4ª feira, 11 de Março, às 15:30h. no Auditório da ESCE, Insituto Politécnico de Setúbal.

Será seguida de Debate com:
- Fernando Castro, presidente da APFN;
- Prof.ª Boguslava Sardinha, área da Economia da ESCE;
- P.e Marco Luís, Director do SPESS;


A NÃO PERDER! Consulte o site: [www.invernodemografico.org]

Canonização do Stº Condestável

Vamos a Roma?
Vamos como peregrinos: com muito desejo de partir e chegar, de ver e agradecer, de viver a abundância da benção que é a nossa história, a história da Igreja. Iremos como peregrinos, também, porque iremos sem uma bolsa recheada de moedas...
Numa canonização a Igreja compromete tudo o que sabe de Deus. Num homem ou numa mulher, numa criança ou numa multidão de mártires, a Igreja expressa, ao canonizá-los, que 'viu o Céu aberto'. E que neles viu alguém de mão dada com o poder da caridade de Cristo.
Nuno Álvares é um personagem imenso: na ambição e na honra, na visão longínqua, na certeza e segurança oferecida aos seus. No desejo de tudo ter e depois de tudo oferecer. Nuno Álvares é imenso também, como o seu Alentejo, no amor da liberdade. Dessa liberdade que rima com santidade. Dessa liberdade, portanto, que quer não só poder escolher como escolher o melhor, o que é bem.
Vamos a Roma com o Nuca. Já estamos a trabalhar nisso. Em breve daremos mais noticias mais concretas... Para já, dá-nos um sinal de que também desejas arrancar connosco comentando este post!

Velada pela Vida


Acampamento A3 Jovem

Queridos amigos,

A Diocese de Setúbal está a organizar um acampamento diocesano de Jovens!
Vão participar os jovens das catequeses, dos escuteiros, da pastoral universitária, da pastoral juvenil, enfim todos os jovens da Diocese de Setúbal... Podes contar com concertos, actividades radicais, wokshops, exposições e toda a aventura que desejares... TENS QUE VIR!!

O acampamento será de 5 a 7 de Junho de 2009 na Quinta do Álamo.
As inscrições vão abrir brevemente por isso fica atento e vai dando uma olhadela para o blog: http://a3jovem.blogspot.com/!!

P.s. Se tiverem oportunidade comprem o Noticías de Setúbal na vossa Paróquia da Diocese!!

Mensagem de Bento XVI para a Quaresma


Papa convida ao jejum como cura espiritual
Mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2009 apresentada no Vaticano

“Jesus, após ter jejuado durante 40 dias e 40 noites, por fim, teve fome” (Mt 4, 2)

No início da Quaresma, que constitui um caminho de treino espiritual mais intenso, a Liturgia propõe-nos três práticas penitenciais muito queridas à tradição bíblica e cristã – a oração, a esmola, o jejum – a fim de nos predispormos para celebrar melhor a Páscoa e deste modo fazer experiência do poder de Deus que, como ouviremos na Vigília pascal, «derrota o mal, lava as culpas, restitui a inocência aos pecadores, a alegria aos aflitos. Dissipa o ódio, domina a insensibilidade dos poderosos, promove a concórdia e a paz» (Hino pascal). Na habitual Mensagem quaresmal, gostaria de reflectir este ano em particular sobre o valor e o sentido do jejum. De facto a Quaresma traz à mente os quarenta dias de jejum vividos pelo Senhor no deserto antes de empreender a sua missão pública. Lemos no Evangelho: «O Espírito conduziu Jesus ao deserto a fim de ser tentado pelo demónio. Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome» (Mt 4, 1-2). Como Moisés antes de receber as Tábuas da Lei (cf. Êx 34, 28), como Elias antes de encontrar o Senhor no monte Oreb (cf. 1 Rs 19, 8), assim Jesus rezando e jejuando se preparou para a sua missão, cujo início foi um duro confronto com o tentador.

Podemos perguntar que valor e que sentido tem para nós, cristãos, privar-nos de algo que seria em si bom e útil para o nosso sustento. As Sagradas Escrituras e toda a tradição cristã ensinam que o jejum é de grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que a ele induz. Por isto, na história da salvação é frequente o convite a jejuar. Já nas primeiras páginas da Sagrada Escritura o Senhor comanda que o homem se abstenha de comer o fruto proibido: «Podes comer o fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas o da árvore da ciência do bem e do mal, porque, no dia em que o comeres, certamente morrerás» (Gn 2, 16-17). Comentando a ordem divina, São Basílio observa que «o jejum foi ordenado no Paraíso», e «o primeiro mandamento neste sentido foi dado a Adão». Portanto, ele conclui: «O "não comas" e, portanto, a lei do jejum e da abstinência» (cf. Sermo de jejunio: PG 31, 163, 98). Dado que todos estamos estorpecidos pelo pecado e pelas suas consequências, o jejum é-nos oferecido como um meio para restabelecer a amizade com o Senhor. Assim fez Esdras antes da viagem de regresso do exílio à Terra Prometida, convidando o povo reunido a jejuar «para nos humilhar – diz – diante do nosso Deus» (8, 21). O Omnipotente ouviu a sua prece e garantiu os seus favores e a sua protecção. O mesmo fizeram os habitantes de Ninive que, sensíveis ao apelo de Jonas ao arrependimento, proclamaram, como testemunho da sua sinceridade, um jejum dizendo: «Quem sabe se Deus não Se arrependerá, e acalmará o ardor da Sua ira, de modo que não pereçamos?» (3, 9). Também então Deus viu as suas obras e os poupou.

No Novo Testamento, Jesus ressalta a razão profunda do jejum, condenando a atitude dos fariseus, os quais observaram escrupulosamente as prescrições impostas pela lei, mas o seu coração estava distante de Deus. O verdadeiro jejum, repete também noutras partes o Mestre divino, é antes cumprir a vontade do Pai celeste, o qual «vê no oculto, recompensar-te-á» (Mt 6, 18). Ele próprio dá o exemplo respondendo a satanás, no final dos 40 dias transcorridos no deserto, que «nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4). O verdadeiro jejum finaliza-se portanto a comer o «verdadeiro alimento», que é fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4, 34). Portanto, se Adão desobedeceu ao mandamento do Senhor «de não comer o fruto da árvore da ciência do bem e do mal», com o jejum o crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando na sua bondade e misericórdia.

Encontramos a prática do jejum muito presente na primeira comunidade cristã (cf. Act 13, 3; 14, 22; 27, 21; 2 Cor 6, 5). Também os Padres da Igreja falam da força do jejum, capaz de impedir o pecado, de reprimir os desejos do «velho Adão», e de abrir no coração do crente o caminho para Deus. O jejum é também uma prática frequente e recomendada pelos santos de todas as épocas. Escreve São Pedro Crisólogo: «O jejum é a alma da oração e a misericórdia é a vida do jejum, portanto quem reza jejue. Quem jejua tenha misericórdia. Quem, ao pedir, deseja ser atendido, atenda quem a ele se dirige. Quem quer encontrar aberto em seu benefício o coração de Deus não feche o seu a quem o suplica» (Sermo 43; PL 52, 320.332).

Nos nossos dias, a prática do jejum parece ter perdido um pouco do seu valor espiritual e ter adquirido antes, numa cultura marcada pela busca da satisfação material, o valor de uma medida terapêutica para a cura do próprio corpo. Jejuar sem dúvida é bom para o bem-estar, mas para os crentes é em primeiro lugar uma «terapia» para curar tudo o que os impede de se conformarem com a vontade de Deus. Na Constituição apostólica Paenitemini de 1966, o Servo de Deus Paulo VI reconhecia a necessidade de colocar o jejum no contexto da chamada de cada cristão a «não viver mais para si mesmo, mas para aquele que o amou e se entregou a si por ele, e... também a viver pelos irmãos» (Cf. Cap. I). A Quaresma poderia ser uma ocasião oportuna para retomar as normas contidas na citada Constituição apostólica, valorizando o significado autêntico e perene desta antiga prática penitencial, que pode ajudar-nos a mortificar o nosso egoísmo e a abrir o coração ao amor de Deus e do próximo, primeiro e máximo mandamento da nova Lei e compêndio de todo o Evangelho (cf. Mt 22, 34-40).

A prática fiel do jejum contribui ainda para conferir unidade à pessoa, corpo e alma, ajudando-a a evitar o pecado e a crescer na intimidade com o Senhor. Santo Agostinho, que conhecia bem as próprias inclinações negativas e as definia «nó complicado e emaranhado» (Confissões, II, 10.18), no seu tratado A utilidade do jejum, escrevia: «Certamente é um suplício que me inflijo, mas para que Ele me perdoe; castigo-me por mim mesmo para que Ele me ajude, para aprazer aos seus olhos, para alcançar o agrado da sua doçura» (Sermo 400, 3, 3: L 40, 708). Privar-se do sustento material que alimenta o corpo facilita uma ulterior disposição para ouvir Cristo e para se alimentar da sua palavra de salvação. Com o jejum e com a oração permitimos que Ele venha saciar a fome mais profunda que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus.

Ao mesmo tempo, o jejum ajuda-nos a tomar consciência da situação na qual vivem tantos irmãos nossos. Na sua Primeira Carta São João admoesta: «Aquele que tiver bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como estará nele o amor de Deus?» (3, 17). Jejuar voluntariamente ajuda-nos a cultivar o estilo do Bom Samaritano, que se inclina e socorre o irmão que sofre (cf. Enc. Deus caritas est, 15). Escolhendo livremente privar-nos de algo para ajudar os outros, mostramos concretamente que o próximo em dificuldade não nos é indiferente. Precisamente para manter viva esta atitude de acolhimento e de atenção para com os irmãos, encorajo as paróquias e todas as outras comunidades a intensificar na Quaresma a prática do jejum pessoal e comunitário, cultivando de igual modo a escuta da Palavra de Deus, a oração e a esmola. Foi este, desde o início o estilo da comunidade cristã, na qual eram feitas colectas especiais (cf. 2 Cor 8-9; Rm 15, 25-27), e os irmãos eram convidados a dar aos pobres quanto, graças ao jejum, tinham poupado (cf. Didascalia Ap., V, 20, 18). Também hoje esta prática deve ser redescoberta e encorajada, sobretudo durante o tempo litúrgico quaresmal.

De quanto disse sobressai com grande clareza que o jejum representa uma prática ascética importante, uma arma espiritual para lutar contra qualquer eventual apego desordenado a nós mesmos. Privar-se voluntariamente do prazer dos alimentos e de outros bens materiais, ajuda o discípulo de Cristo a controlar os apetites da natureza fragilizada pela culpa da origem, cujos efeitos negativos atingem toda a personalidade humana. Exorta oportunamente um antigo hino litúrgico quaresmal: «Utamur ergo parcius, / verbis, cibis et potibus, / somno, iocis et arcitius / perstemus in custodia – Usemos de modo mais sóbrio palavras, alimentos, bebidas, sono e jogos, e permaneçamos mais atentamente vigilantes».

Queridos irmãos e irmãos, considerando bem, o jejum tem como sua finalidade última ajudar cada um de nós, como escrevia o Servo de Deus Papa João Paulo II, a fazer dom total de si a Deus (cf. Enc. Veritatis splendor, 21). A Quaresma seja portanto valorizada em cada família e em cada comunidade cristã para afastar tudo o que distrai o espírito e para intensificar o que alimenta a alma abrindo-a ao amor de Deus e do próximo. Penso em particular num maior compromisso na oração, na lectio divina, no recurso ao Sacramento da Reconciliação e na participação activa na Eucaristia, sobretudo na Santa Missa dominical. Com esta disposição interior entremos no clima penitencial da Quaresma. Acompanhe-nos a Bem-Aventurada Virgem Maria, Causa nostrae laetitiae, e ampare-nos no esforço de libertar o nosso coração da escravidão do pecado para o tornar cada vez mais «tabernáculo vivo de Deus». Com estes votos, ao garantir a minha oração para que cada crente e comunidade eclesial percorra um proveitoso itinerário quaresmal, concedo de coração a todos a Bênção Apostólica.

BENEDICTUS PP. XVI

Steve Jobs em Standford

Discurso de Steve Jobs, fundador da Apple e da Pixar, para os alunos finalistas da Universidade de Standford.

Abram os vossos corações e oiçam até ao fim que vale a pena!!

PARTE I


PARTE II

O Rosto de Jesus na História da Pintura

Jesus marca profundamente a História da Humanidade. A sua presença, nem sempre perceptível, lança continuamente corações resgatados numa busca incessante para além dos amplos horizontes. Simultaneamente corações apaixonados e "construtores geniais da beleza" i, artistas, tentam partilhar a grandeza do encontro com Jesus evangelizando com música, literatura, discursos, teatros, poemas, pinturas, esculturas.

"A arte tem a capacidade de ajudar o homem a entrar no mistério, a dizer o indizível, a mostrar o transcendente"ii. E assim aconteceu no seminário " O Rosto de Cristo na História da Pintura". Entrámos por momentos na descoberta de Cristo e na profundidade do seu encontro com vários homens que genialmente o comunicaram.

Que estes momentos fortes de encontro com o Seu Rosto através de outros nos ajude a que a nossa história na Universidade se torne Sua, parte do mistério.


P.S. Ainda impressionada com a beleza da arte desafio-vos a entrarem agora na contemplação de São Paulo através da exposição de pintura disponível no seminário de S. Paulo em Almada.

_________________________________

i Papa João Paulo II, Carta aos artistas, Vaticano, 1999

ii D. Gilberto, Bispo de Setúbal, Exposição colectiva de Pintura – S. Paulo, 2009.

Vaticano & You Tube

Caros amigos,
O Vaticano já tem um canal no You Tube!!
Consultem!! http://www.youtube.com/vaticanit
Abraço em Cristo

Colega desaparecido


Queridos amigos,
No sábado 10 Janeiro de 2009 desapareceu um colega da FCT, de Eng. Mêcanica, que se encontrava em Berlim a estagiar no âmbito do programa InovContacto.
Peço que divulguem, em especial a contactos que eventualmente se possam encontrar perto da zona.
Mais informações disponíveis no blog http://findafonsotiago.blogspot.com/ que também se encontra na nossa lista de blogues a consultar!
Um Muito Obrigada! Rezemos por esta intenção! Abraço em Cristo!

Bento XVI vai ter canal no Google

"O Vaticano assinou este sábado um acordo com o gigante norte-americano Google para lançar um canal próprio no site oficial. A imprensa italiana adianta que o novo canal vai ter notícias, discursos, vídeos e imagens do papa Bento XVI.
O projecto vai ser apresentado a 23 de Janeiro na sala de imprensa do Vaticano com a presença do porta-voz do papa Federico Lombardi e pelo responsável de comunicação do Google, Henrique de Castro.
Os detalhes sobre o novo canal vão ser revelados na Jornada Mundial das Comunicações Sociais".

in TVNET

Ano Paulino em Almada

"O seminário de Almada apresenta este mês de Janeiro várias iniciativas sobre São Paulo todas elas com entrada livre e com grande relevância cultural e religiosa para aprofundamento do conhecimento da vida deste apóstolo."

Conferência sobre S. Paulo
Conferencista: P. Tolentino Mendonça, Poeta e Professor de Sagrada Escritura na Universidade Católica Portuguesa. Dia 24 de Janeiro, Sábado, pelas 15h30m.
Exposições
“Colectiva de Pintura - S. Paulo”
De 10 a 31 de Janeiro, nos Claustros interiores do Antigo Convento. Vários artistas: Cargaleiro, João Sousa Araújo, Emília Nadal, Pe.João Marcos, Louro Artur e outros.
“Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo”
De 17 a 25 de Janeiro, na Antiga Adega dos Frades: Trata-se de uma Exposição itinerante de carácter didáctico organizada pela Editora Paulus sobre o Apóstolo S. Paulo, que durante o Ano Paulino percorre as várias Dioceses de Portugal.
“Dizer hoje as Bem-Aventuranças através da Fotografia”
De 10 a 16 e de 26 a 31 de Janeiro, na Antiga Adega dos Frades: Esta mostra de Fotografia resulta do Concurso Diocesano de Fotografia promovido pela Diocese de Setúbal em 2007/2008. São cerca de duas dezenas de trabalhos que, a partir do texto do Evangelho segundo S. Mateus, dizem, através da linguagem fotográfica, as Bem-aventuranças nos dias de hoje.
Horários de abertura ao público das Exposições:
2ªF a 6ªF: 15h – 18h30m;
Sáb.: 15h – 22h;
Dom.: 10h-13h e 15h -18h
Ciclo de Concertos
Coral Ars Musica, 10 de Janeiro, pelas 16h.
Solemnis, 17 de Janeiro, pelas 17h.
Coro Polifónico de Almada, 24 de Janeiro, pelas 17h.
Entrada livre em todas as actividades

Luz


Queridos amigos,

Espero que o Natal e a entrada neste novo ano tenham sido cheios da verdadeira Luz que nos ilumina e traz força!

Hoje, dia dos Reis Magos, é com enorme alegria que dou a noticía de que amanhã uma estrela irá brilhar por cima da sala 113-IV (FCT), anunciando a presença do menino através da missa.

Contamos com a vossa presença e dos vossos amigos pelas 14h00!

Que Deus esteja connosco! Até amanhã!!!

"a cada discípulo de Cristo"

Queridos amigos,

Deixamo-vos com o desafio que Bento XVI proferiu na sua mensagem para a celebração do dia mundial da paz:
"a cada discípulo de Cristo bem como a toda a pessoa de boa vontade, dirijo, no início de um novo ano, um caloroso convite a alargar o coração às necessidades dos pobres e a fazer tudo o que lhe for concretamente possível para ir em seu socorro”.

Espero que este desafio vos encoraje a ler toda a mensagem de Bento XVI e contribua para aumentar o desejo de santidade que existe em vós!!